sábado, 19 de abril de 2008

Unidos e Separados


Desde há quanto tempo não nos vemos
Ainda te lembras da angústia da separação?
O que é feito do gosto por filmes de aventuras
E do deslumbramento perante o fogo-de-artifício?

Qual o nosso papel diante deles e, sobretudo,
Aquele perante nós?
Este tempo ainda será o nosso?
O espaço mantém-se ainda disponível?
Qual será a nossa força?

Olha para mim, que eu olho para ti.
Como o tempo passou, como o teu corpo mudou.
Os olhos permanecem meigos como sempre...
Afinal sempre estiveste aqui!

Olhas por mim, que eu olho por ti
Andamos devagar mas com todo o tempo.
Afinal ninguém se lembra de nós? Quem precisa de mim? (diz ele)
Abraça-me que estou com frio... (diz ela)
E vão continuar como sempre – unidos e separados –
Até à eternidade.

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A minha foto
Porto e Ponta Delgada, Douro - o Mar - Açores, Portugal
por cá ando... resultado da junção ocasional entre um espermatozoíde e um óvulo, nos finais de 1969, início de 1970, que deu fruto e cresceu (de forma bastante substancial) e que tem como objectivo maior: (pro)criar... ou pelo menos tentar.