quinta-feira, 26 de junho de 2008

Este Mundo


Este mundo apresenta-se-nos
Azul.
Da imensidão do negrume
Surgiu, de certeza, fruto da união de dois corpos.
Como sempre será...
Da semente ao fruto.

Apresenta-se-nos cinzento, em variados tons
Sinais do tempo.
Injusto que até dói:
Onde poucos sabem algo
Muitos nem sonham,
Onde poucos comem tudo
A maioria nem vê.

Por vezes verde como convém,
Cheirando tão bem
Emanando felicidade,
Numa revolta de esperança.

Na maturidade o desejo de se unir
Perpetuando, fechando o ciclo.
De uma forma que parece ingénua
Parece em busca de perfeição.

sábado, 21 de junho de 2008

Pelos sentidos, a percepçao
da tua existencia.
Tornas-te real e tudo é possivel.
Percepciono e memorizo.
Sou memória e tu a minha glória.
Ganho saber e sou.

Mas porquê e para quê o saber se, de um momento para o outro, o nada existe?
E o nada será real?
Só o será se tu lá estiveres.
Mas se lá estiveres o nada é tudo... tudo para mim.

Afinal és ou não real?
O que parece realmente é?
Que sentidos me faltam?
Que sentido nos falta?
Até que ponto nos conhecemos?
Mereço a tua confiança?
Mereço companhia?
Desejo e necessito.

Em vários tons
forma, cor, textura, cheiro e gritos
que se interiorizam e que ficam como que suspensos,
percepciono e ganho saber e sou real.
Tu estás aqui e te transformas...
E transformas-me também.
O nada é nada.
Nós somos tudo.
Somos realidade.

Quantas sensaçoes partilhamos?
E quantas vamos partilhar?
Que sinto:
a mentira ou a verdade?
Sinto-te a ti
E sei quem sou.

Somos sentidos,
memória e saber.
Glória à vida...
Um brinde:
À nossa.

terça-feira, 17 de junho de 2008

prende-me e torna-me
real
deixa-me mostrar quem sou
sair pelos sentidos
ou pelos sonhos
tentar saber quem és
ficar a gravitar em ti

sente o meu peso
massa opressiva
por vezes grande
na maioria um . (ponto)
sem fronteiras
que se funde
pela atracção

deixa-me entrar
participar da realidade
concreta e/ou disforme
como foi o começo?
mentira e/ou verdade
aqui e agora
presença e/ou ausência
sem fim à vista...
esperança e/ ou desvario
finito.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Definição de amor

Que presunção a minha em querer definir o amor.

Não basta sentir, desejar e observar.

Escrever sobre o amor: para quê?

Porque não?

Afinal um blogue é isto mesmo

Apetece escrever sobre o amor e escreve-se.

Até posso sonhar que escrevo bem e que o consigo definir.

Porque sim!



O AMOR é a entrega total,

numa fracção de segundo

ou durante uma vida inteira.

Por desejo ou sem querer.

É o teu sorriso contra o meu corpo cansado.

É a tua generosidade em te expores perante os meus olhos e as minhas mãos.

É quando me ouves e acenas de forma doce.

É quando te entregas e, num murmúrio, transformas-te

em cheiro, gosto e pele perante e em mim.

Tu és naturalmente suave, sabias?

Dispor do teu corpo e ter o discernimento para o sentir, sendo eu,

é uma bênção.

Por tudo isto, e sobretudo pela inteligência que permite o abandono,

agradeço-Te.

O Amor também é fogo que arde sem se ver...

Mais do que definir (e já não me apetece defini-lo)

é sentir e saber dar o devido valor:

Saber agradecer e honrar o Amor.

Muito provavelmente não devemos deixar passar qualquer oportunidade para amar.

Para a entrega, o abandono, o receber....

Quando faz parte e nos preenche é a mais nobre razão da existência.

Além do mais, e de forma definitiva: antes o amor que o ódio.

E o prazer?...

que é meu,

desejo que seja o teu,

meu Amor!

A minha foto
Porto e Ponta Delgada, Douro - o Mar - Açores, Portugal
por cá ando... resultado da junção ocasional entre um espermatozoíde e um óvulo, nos finais de 1969, início de 1970, que deu fruto e cresceu (de forma bastante substancial) e que tem como objectivo maior: (pro)criar... ou pelo menos tentar.