sábado, 5 de abril de 2008

fadiga

Por vezes a fadiga apodera-se de nós
Ficamos suspensos, movimentos lentificados.

Respiro fundo e sinto o vazio.

E queima-se o tempo que em cinzas se desfaz,
Não sabendo o que fazer, nem sequer querendo.

Estendido sinto o corpo dorido.

O mundo à volta resume-se a um rectângulo,
De uma só dimensão, vestido a preto e branco.

Fecho os olhos e estou oco.

Somos natureza morta num quadro,
Perpetuando o momento sem perspectiva alguma.

Estou reduzido a músculo e osso.

O silêncio impera entre nós e é denso.
E o coração bate desinteressadamente.

A esperança, que espero, mantém a realidade.

Ao virar-me adormeço para sempre.
Finalmente...


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A minha foto
Porto e Ponta Delgada, Douro - o Mar - Açores, Portugal
por cá ando... resultado da junção ocasional entre um espermatozoíde e um óvulo, nos finais de 1969, início de 1970, que deu fruto e cresceu (de forma bastante substancial) e que tem como objectivo maior: (pro)criar... ou pelo menos tentar.