quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Desejo


Nunca percas o desejo
É ele que te faz mover
Vencer as areias movediças
Sob o teu corpo pesado.
Dá-te a força anímica
Transforma o teu rosto
Dando-lhe vida
Dança e mímica.
Riso, suspiro…
Parece que estás vivo!

Mesmo sem força,
Apesar da vontade,
Mantém o desejo.
Chama que aquece a alma
Que faz palpitar
Dá o prazer, dá a dor.
Faz olhar o céu
E sonha-se
O sonho de ser maior.
Quando desejas, respiras.

Não, não percas o desejo
Aquele que nos leva
Que te faz bela a meus olhos
Que nos torna válidos.
Únicos no preciso momento
Múltiplos infindáveis de um.
E nos consome, consumindo-se...
Torna-te real,
Perpétua a nossa existência…
Só existimos se desejarmos.

foto de Pedro Rodrigues

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A minha foto
Porto e Ponta Delgada, Douro - o Mar - Açores, Portugal
por cá ando... resultado da junção ocasional entre um espermatozoíde e um óvulo, nos finais de 1969, início de 1970, que deu fruto e cresceu (de forma bastante substancial) e que tem como objectivo maior: (pro)criar... ou pelo menos tentar.