terça-feira, 30 de setembro de 2008

Lagoa do Fogo



No meio do Universo a Terra
E no meio da Terra o fogo.
No meio do Atlântico a ilha
E no meio da ilha a lagoa.

De muitos, a mais bela.
É a filha do meio,
Rebelde e insubmissa,
Mas sempre doce e presente...
Contornos perfeitos, cabelos desalinhados.
A personificação da liberdade.
Ou do sonho de ser livre...

Exposta aos rigores da vida,
Confrontando, de frente, os elementos.
Foi ela, a que nasceu do fogo,
Do caos e do desvario.
Foi ela, a que surgiu da desordem,
Por entre as labaredas da paixão.

Ela é a coragem que nunca tive,
Uma vida fantástica que nunca vivi.
E respira, respira... transformando-se.
Foi o caos e fogo, agora é Harmonia.

E no vale, na quietude das suas águas,
Espelha o céu, as aves e o verde.
Quedando-se perdida do tempo,
Majestosa, esperando um olhar teu,
O abraço e o toque dos teus lábios.

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A minha foto
Porto e Ponta Delgada, Douro - o Mar - Açores, Portugal
por cá ando... resultado da junção ocasional entre um espermatozoíde e um óvulo, nos finais de 1969, início de 1970, que deu fruto e cresceu (de forma bastante substancial) e que tem como objectivo maior: (pro)criar... ou pelo menos tentar.