terça-feira, 4 de janeiro de 2011

meu mar

O que é feito do meu mar
aquele universo palpável e real
seguro por ser familiar?
o meu mar... o meu mar...
a vida toda pela frente,
o infinito mar!
Onde está o meu mar,
as minhas rochas...
promontório de sonhos,
de esperança e certezas?
apesar de incerto, garantia certezas...
o meu mar!
Mar de peixes e outros seres fantásticos,
de descobertas e outras interrogações.
O meu mar...
dos sonhos de cheiro a maresia
dos beijos, da frescura, do contacto.
O meu mar não volta...
o meu mar não existe!
agora é irreal, é longe, abandonou-me.
e é tão forte a vontade
de mergulhar nas suas águas tranquilas
de uma manhã de setembro
ou atirar-me da rocha
uma tarde de dezembro...
meu mar... meu mar...
é tudo tão injusto e banal,
só tu és verdade e sentido
meu mar! meu mar...
que já não existe.

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A minha foto
Porto e Ponta Delgada, Douro - o Mar - Açores, Portugal
por cá ando... resultado da junção ocasional entre um espermatozoíde e um óvulo, nos finais de 1969, início de 1970, que deu fruto e cresceu (de forma bastante substancial) e que tem como objectivo maior: (pro)criar... ou pelo menos tentar.