começamos na Ribeira
massa de casario, torres, pontes
e cores.
As vozes de milhares ao longe,
risos e choros todos os dias,
movimento que se adivinha
uma cidade em rodopio...
vive.
De onde vieram?
Para onde vão?Muitos pelo rio...
Na manhã em que partimos,
reinava a névoa
e o frio...
Uma, duas, três, perdi a conta às pontes.
Momentos depois,
já estavamos quentes. Pelo sol e pelo vinho.
As casas, mais pontes e barragens,
gentes e montes.
Desde cedo este rio mostra-se:
o rio dos Homens!
Quantos navegaram neste rio estrada,
descobrindo ou perdendo...
descobrindo ou perdendo...
por vezes um banho na água,
muitas vezes um banho de suor.
Tanto trouxeram e tanto levaram
tanto criado, tanto esforçado...
Eis o rio dos Homens!
Moldado, atravessado, usado e abusado:
parece que foi criado, desde sempre, para nós.
Este rio faz chorar.
Este rio faz sonhar.